terça-feira, 28 de abril de 2015

Um viajante pelo futuro: a faculdade de jornalismo


A trajetória da minha vida até chegar à universidade é longa. Longa pois, além de serem 18 anos até a decisão, demorou pra eu me apaixonar pelo Jornalismo. Fui de informática à logística. Na escola eu sempre amei matemática e, relembrando isso, me vem até uma saudade daquela época. Não que faça falta, porque onde cheguei é muito melhor. Aliás, amava matemática e amava escrever e foi como a “A Escolha de Sofia” quando finalmente me decidi. No ensino médio, quando minhas professoras de português elogiavam meus textos foi que comecei a perceber que minha vocação estava ali, então, não demorou, e logo ingressei na faculdade de Jornalismo.
Precisava de algo próximo de casa, pois não podia ficar longe da minha família que sempre me apoiou e me motivou para que eu continuasse meus estudos. Consegui um lugar de boa avaliação e me decidi. Me matriculei. A ansiedade tomava conta, e era inegável a minha vontade de pular para o primeiro dia de aula. Já era fã de jornais e noticiários e o anseio pra começar a faculdade só me fez ler, ler e ler ainda mais, sobre absolutamente tudo.
Quando o grande dia finalmente chegou, eu estava atrasado, é claro. E, além de atrasado, não conhecia ninguém. Não que isso fosse problema pra mim, mas começar tudo de novo, com pessoas, até então, diferentes de mim, era um verdadeiro desafio. Claro que não demorou para eu me encaixar em um grupo. Mas durante alguns dias, fui me conhecendo e conhecendo esse universo que era incrivelmente inacreditável. Mas eu estava vivendo tudo isso, e amando.
Hoje, esse grupo é feito por cinco pessoas, incluindo eu. São o meu alicerce dentro da faculdade. Todos apaixonados pela mesma coisa. Reinaldo, Paula, Larissa e Ailton, colegas e amigos que encontrei dentro da minha paixão pra ir até o fim, até o dia da formatura junto deles. São quatro pessoas que, cada um à sua maneira, ajudam o grupo a andar, a evoluir e contribuem para a minha vida profissional. Aprendo com cada um deles. E faz apenas dois anos que os conheço, praticamente, e os defendo até o meu último argumento. É inevitável, eles completam a minha vida acadêmica.
Apesar de tudo isso, nem tudo são flores. Passei por dificuldade dentro da faculdade que guardei para mim e tentei resolvê-las à minha maneira. E consegui. Voltando ao ano passado, 2014, quando entrei na faculdade, por seis meses dividi o Jornalismo com uma profissão que, ao longo do tempo, passei a detestar. Não que seja uma área ruim, mas ela não se encaixava naquilo que eu realmente queria para o meu futuro. Mas continuei trabalhando nesse lugar, não desisti, pois pra começar a minha verdadeira carreira, eu tinha que finalizar essa etapa. Finalizei com orgulho e então, passei a me dedicar inteiramente ao curso. Alguns me chamam de “nerd”, mas se essa palavra for sinônimo de se esforçar e tentar fazer o melhor pela paixão que eu escolhi, podem me chamar assim.
Depois de concluída uma etapa, iniciei uma outra. Meu primeiro estágio em Jornalismo. Mais precisamente, assessoria de imprensa e, apesar de não ter essa matéria ainda, pude levar muita coisa do que aprendi com meus professores para esse estágio. Hoje, continuo nele, e com orgulho realizo as funções que a mim foram atribuídas e que não saem do contexto jornalístico em nenhum momento. Escrevo menos do que gostaria, mas, graças à faculdade, essa é uma prática que não perco. Meus professores sempre passam trabalhos e mais trabalhos (e esse não deixa de ser um) onde escrevo muito. E que jornalista não ama escrever?
No início da faculdade, esse amor pela escrita me ajudou bastante a não desistir de um sonho que eu começava a construir. E, relendo textos que escrevia naquela época e os que escrevo hoje, percebo uma diferença enorme. Dou o mérito dessa evolução à faculdade e aos excelentes profissionais que me deram suporte para enriquecer minhas palavras. E, inclusive, foi o motivo por criar um blog com esse título, onde eu falo da língua portuguesa, da escrita, da fala e, quando me veio a tarefa de cria-lo, a primeira ideia foi essa. Porque eu simplesmente amo!

Eu acredito que isso tudo seja muito pouco em relação à verdadeira sensação que é estar em uma faculdade, cursar jornalismo e viver a vida profissional que eu amo. Passei por diversos desafios dentro desse mundo e sei que irei passar por muitos outros. E é isso o que eu quero, ser desafiado ainda na faculdade pois se eu errar, eu posso melhorar, posso me aprimorar, mas quando eu me formar e começar a andar com as minhas próprias pernas, eu não vou poder errar, não vou pode ficar parado e batendo na mesma tecla até acertar. Eu vou ter que me garantir e assumir a responsabilidade de que, tudo o que aprendo nesse momento é só a base para um universo de dificuldades que irei enfrentar amanhã. E o bom disso tudo, é vivenciar isso, é aprender porque algo que eu sempre defendi é que temos que fazer aquilo que amamos, e quando isso acontece, o fazemos com dedicação. Quando eu me apaixonei pelo jornalismo, foi a melhor coisa que poderia acontecer na minha vida.


Veja também:



Essa música representa minha trajetória acadêmica até o momento

terça-feira, 21 de abril de 2015

O jornalismo político praticado em blogs

            

             Larissa Morais é jornalista do site Observatório da Imprensa e na publicação “Como fazer – e manter – um blog político”, mostra a perspectiva desse novo meio de comunicação, que surgiu com o advento da internet, na visão de Ricardo Noblat que mantém, até hoje, um blog sobre política - hoje hospedado no site O Globo. Na entrevista com o jornalista, Larissa mostra como Noblat acredita no sucesso de um blog e, como ele deve ser feito para que não perca a identidade.
            Com o surgimento da internet, a informação passou a ser difundida de forma muito maior e os jornais perderam o controle das notícias. Segundo Noblat, o fato de as pessoas quererem opinar sobre uma notícia, é o que fazia os jornais resistirem em abrir espaço para que o leitor participe da notícia, ou até mesmo faça uma. Porém, hoje, grandes jornais possuem blogs e sites onde permitem a relação entre o leitor e o jornal. Como mostra o jornalista, qualquer pessoa pode fazer jornalismo e o diferencial de cada um é a confiança que o leitor tem por aquele autor. Por isso, o blog, não é feito apenas por jornalistas, mas por qualquer um que se arrisque em distribuir informação, ainda mais sobre política.
            Como analisa o jornalista, no blog, as aulas de redação não são aplicadas como regra. De acordo com ele, o autor do blog precisa escrever da forma que quer para que se aproxime do leitor. Ou seja, essa fuga das regras de redação e gêneros deve começar a atingir os jornais impressos e tornar a escrita e a matéria jornalística mais pessoal. Ele ressalta que o que faz em seu blog é jornalismo, porém, seus leitores pedem que ele expresse sua visão sobre determinado fato e pratique mais o jornalismo opinativo. Mesmo assim, para ele, a diversificação de gêneros é o que diferencia os blogs dos meios de comunicação tradicionais.

            Em determinada parte da entrevista, Noblat diz que o conceito de notícia para o blog é o mesmo que se aprende numa faculdade. “Notícia é aquilo que o jornalista acha que é notícia”. Porém, como característica crucial, no blog o autor possui maior espaço e pode noticiar fatos em tempo real da forma que outros meios de comunicação não podem, captando detalhes e, segundo Noblat, expressando sua opinião sobre uma cobertura que o autor se propõe a cobrir.
            Larissa o questiona sobre as fontes que também são necessárias para os blogs. Noblat diz que não difere do jornalismo tradicional, mas ele destaca que, principalmente num blog político, é necessário maior cuidado nesse sentido pois os erros que são impressos nos blogs não podem ser atribuídos igualmente como em uma redação jornalística, pois o autor é unicamente responsável pelo que escreve em seu blog. Segundo o jornalista, isso fica claro com o contrato que, na época, assinou com o Estadão, para que qualquer ação judicial não prejudique o jornal.
            Noblat mostra que a pessoa que se propõe a criar um blog precisa entender o conceito de lidar com os leitores que diariamente irão ler o blog. Para ele, as críticas e as discussões são importantes para o processo democrático e essa relação entre o autor e o leitor é importante para a funcionalidade do blog. Isso demonstra a preparação do próprio autor de difundir determinada notícia que pode gerar revolta e, como mostra o jornalista, cada pessoa tem o direito de pensar o que quiser sobre um fato. Hoje, o ser humano possui várias fontes de informação o que implica diretamente em sua opinião pessoal. Cada um está propício a acreditar em uma ideologia diferente e isso, para o jornalista, é o aspecto novo que os blogs trazem: a possibilidade de se expressar e debater sobre política.
            Nesse sentido, uma das partes da entrevista que é possível destacar é quando o jornalista fala dos comentários que expressam essas opiniões. Ele analisa que é preciso fazer uma seleção de determinados argumentos para que não virem bagunça. Segundo Noblat, em seu blog é necessário que pessoas se cadastrem para comentar e ainda, há pessoas que checam cada comentário pois, aqueles que fogem das regras do blog, não serão publicados. Essa técnica serve para manter a ordem no blog para que outros leitores não encontrem ofensas que possam desestimular a permanência no blog. Ele diz que determinadas opiniões ele gosta de publicar pois isso fomenta discussões produtivas no blog. Para ele, o espaço que não permite essas discussões não pode ser considerado como blog já que é necessário “ter o espaço para as pessoas comentarem e você dialogar com elas”.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Uma nova forma de comunicar: o internetês


Desde seu surgimento a língua portuguesa no Brasil sofre mudanças e é fato que no cenário atual, esse desenvolvimento tomou proporções enormes. Por isso, hoje, a pauta é o “internetês”.

Para entender melhor, o termo “internetês” é um neologismo que faz referência à linguagem utilizada na internet. Principalmente nas redes sociais, com o surgimento das novas tecnologias, as pessoas se expressam mais e, dessa forma, escrevem mais. Opiniões, fatos pessoais e, atualmente, até mesmo notícias utilizam essa nova forma de comunicar.

Assim, de forma simplificada, a agilidade que a internet proporciona gerou uma necessidade de mudança em como escrever. Por isso, o internetês é, basicamente, abreviações de palavras ou ainda uma tentativa de escapar dos acentos que antes levavam mais tempo para serem digitados, sem nos esquecer, é claro, dos emoticons.

“Você” se tornando “vc”, assim como “blz” (beleza), ñ ou naum (não), tb (também), “eh” (é), entre outros, são apenas alguns exemplos de uma infinidade de termos que foram modificados pelos internautas, de todas as idades, e que hoje viralizam as redes sociais.

O Twitter é a rede social q mais exemplifica essa mudança. Qm “túita” só pode fazê-lo através de 140 caracteres, incluindo espaços e pontos.

PS: A frase acima foi escrita em exatos 140 caracteres.

Brincadeiras à parte, grande parte da comunicação na internet se faz também com os chamados emoticons, animações que demonstram em sua maioria sensações e expressões. Algumas emissoras de TV utilizam essa linguagem para atrair seus seguidores e são exemplo dessa nova onda:


#ValeLembrar que as “tags” também fazem parte do internetês e referenciam uma palavra-chave que o autor de uma postagem quer destacar.


Bom, por hoje, é isso. Na próximo post sobre o internetês, vamos falar das controvérsias dessa nova linguagem. Fique ligado!

Dúvidas, opiniões ou sugestão, comentem!

sábado, 4 de abril de 2015

O hífen deriva do latim hyphen que significa "juntamente" e passou a ser usado na língua portuguesa no século 16

Nos dias hoje, certos erros ortográficos são comuns, ainda mais com a nova ortografia. Muitos demoram para pegar o jeito da escrita e têm certas dificuldades. Hoje, falaremos e relembraremos as regras gerais do hífen.

De acordo com a nova ortografia, o hífen deve ser usado:
·         Quando a ÚLTIMA letra da primeira palavra for IGUAL à PRIMEIRA letra da segunda palavra (inclusive quando as letras R ou S se encontram: super-realista). Por exemplo: micro-ondas; anti-inflamatório; arqui-inimigo etc.
·         Porém, assim como toda regra, há exceções: Quando a segunda palavra começar com a letra H, em todos os casos, usará hífen. Por exemplo: pré-história; anti-higiénico; mini-hotel etc.
·         Se o prefixo terminar com consoante, também será usado hífen.
·         Para os prefixos: recém, ex, além, sem, pós, pré, pró e vice, usa-se hífen. Por exemplo: ex-aluno; pré-vestibular; recém-casado; vice-presidente etc.
·         Para o advérbio “bem” se usará hífen em todos casos. Por exemplo: bem-estar; bem-vindo; bem-humorado etc. Salvo algumas exceções: benfeito; benfeitor, por exemplo.
·         O advérbio “mal” apenas empregará hífen quando a segunda palavra iniciar com vogal ou H. Por exemplo: mal-humorado; mal-estar; mal-afortunado etc.

Você não usará hífen:
·         Quando a ÚLTIMA letra da primeira palavra for DIFERENTE da PRIMEIRA letra da segunda palavra. Por exemplo: superinteressante; autoescola; neoliberalismo etc. Salvo algumas exceções como: guarda-chuva; azul-escuro; arco-íris.
·         Quando a primeira palavra terminar com VOGAL e a segunda começar com S ou R, não se usará hífen e o R ou S são dobrados. Por exemplo: minissaia; antirracismo; contrarregra etc.
·         Os prefixos “co” “re” e “pre” (sem acento) não admitem hífen. Por exemplo: coedição; coordenador preexistente; reescrever etc.
·         O advérbio “mal” não emprega hífen quando a segunda palavra se iniciar com consoante. Por exemplo: malcriado; malvisto etc.

Essas são as regras gerais para o hífen. Em breve, teremos outras dicas, fique atento!


Dúvidas, opiniões ou sugestões, comente!