quinta-feira, 26 de março de 2015

As diversas realidades do jornalismo

O atual jornalismo possui um leque de informações e conceitos que muitas vezes fogem da realidade conceitual da área. Como mostra o fotojornalista, Bruno Figueiredo, em uma palestra em Belo Horizonte, o jornalismo possui compromissos que são passados nos livros mas que, quando este se torna mercadoria e controle político, não são cumpridos. Com isso, segundo Figueiredo, o jornalismo não consegue fiscalizar de maneira imparcial aquele que representa comercialmente ou politicamente.

Atualmente, o poder que o jornalismo possui é pouco questionável neste sentido. Na palestra do jornalista, ele mostra que as pessoas tomam aquilo que é noticiado pelos grandes meios comunicacionais como verdade absoluta. Ou seja, a grande maioria das pessoas, que muitas vezes é determinada pela falta de conhecimento, não tem como duvidar daquilo que é transmitido pois, “se o jornal diz, é porque é verdade”. Isso toma proporções inimagináveis pois se a maior parte não questiona o que é dito, não tem como fugir disso. Com essa realidade, Figueiredo começa a mostrar as diferentes formas para se desvencilhar dessa massa midiática que se popularizou com o tempo e mostra uma outra forma de se informar: a mídia independente.

A internet, um recurso que a cada dia se torna mais abrangente, é a primeira alternativa que ele mostra. É indiscutível a globalização de informação que existe na internet. Com ela, é possível acessar informações de diferentes países e de diferentes conceitos que, em sua maioria, conseguem construir a verdade. Muitos migram para esse recurso e, como cita Figueiredo, cria-se outros meios de comunicação que se tornam mais próximos do receptor da notícia, de maneira mais ágil. Hoje, aquele que busca informação, procura em diversos lugares a mesma informação para que possa entender como um todo o que é noticiado. A internet possibilita essa interatividade e ganha um espaço muito grande nessa cadeia de informações. Essa realidade é tão evidente que muitos meios impressos e televisivos criaram portais na internet para difundir suas informações e, como todo grande meio de comunicação, lucrar de uma maneira ainda maior.

Na palestra, ele ainda mostra o cidadão que age como jornalista. Isso é possível com o uso da tecnologia e das redes sociais. Em qualquer lugar do mundo, a pessoa pode tirar uma foto de um fato e compartilhar nessas redes e isso se torna viral. Outra possibilidade da internet, assim, que permite que uma notícia se torne mais pública com uma rapidez não presente nos meios comunicacionais tradicionais. Com isso, é possível questionar de forma mais verdadeira o que o poder público e essas mídias dizem. Como exemplo, o fotojornalista mostrou vídeos que ganharam notoriedade nos jornais e na internet onde mostram alguns fatos das manifestações de 2013, desmentindo, dessa forma, aquilo que foi informado. Os vídeos tornam evidente a necessidade das redes sociais, e da internet, e mostram que o jornalista tem a chance de seguir as diretrizes jornalísticas sem depender daquilo que o mundo atual e regrado dita. É possível fazer o jornalismo sério e fazer isso para o interesse público, que é o objetivo da profissão.

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