terça-feira, 26 de maio de 2015

A notícia dentro das redes sociais: um marco para o jornalismo online


            Como constatado em outras ocasiões, o surgimento da internet, englobada nas novas tecnologias de informação, trouxe grandes mudanças nos paradigmas da comunicação e no jornalismo. A proposta de algo mais ágil e mais abrangente tornou a web cada vez mais forte. E, obviamente, as pessoas descobriram uma nova forma de se expressar. Participar da notícia era uma novidade que há poucos anos não era possível nos tradicionais jornais. 
            É aí, então, que surgem as redes sociais. Intrínsecas na cibercultura, as redes sociais chegaram e tornaram a comunicação interpessoal muito mais fácil e a forma como ela propicia a expressão das pessoas, tornou-se marca registrada de seu conceito. Assim, não demorou muito para essa nova sociedade ganhar importância e notoriedade.
            No artigo de Gastão Muri, jornalista do site Observatório da Imprensa, ele mostra a forma como as redes sociais se transformaram em locais onde as pessoas podem alimentar o seu ego de forma banal e subjetiva. Para ele, é a valorização do ego, e isso se espelha em como as pessoas compartilham e participam das notícias publicadas nas redes. É inegável que o indivíduo possui uma liberdade que antes ele não conhecia de poder escrever e opinar aquilo que deseja, mas na visão de Gastão, isso muitas vezes se perde com opiniões sem fundamentos que podem ou não repercutir de uma maneira que isso influenciará e fomentará o ego do indivíduo, o que lhe trará satisfação.
Reprodução/Google
             Ou seja, o uso das redes sociais hoje em dia vem sendo banalizado e está relacionado com o individualismo do ser humano, que, de certa maneira, vive em um mundo recheado de informações e maneiras de se relacionar que o torna preso ao poder da internet. Dessa forma, pode-se observar que é necessário que o indivíduo aprenda a utilizar esse gigantesco meio de comunicação a seu favor e a favor daquilo que lhe irá proporcionar conhecimento e uma opinião mais formada e embasada.
            Retornando à cibercultura, é irrefutável que, com as Tecnologias de Informação e Comunicação, como denomina Felipe Tessarolo, em seu artigo, também do site Observatório da Imprensa, a sociedade está conectada de todas as formas. Com essas tecnologias, presentes nos carros, nas casas, nas escolas mais recentemente e até mesmo nas pessoas, informações chegam a todo instante e todas essas informações não conseguem ser processadas pelo indivíduo o que denota a necessidade de uma rápida leitura por tudo aquilo que chega até ele. Hoje, vários meios de comunicação já trabalham dessa forma e pensam na necessidade de produzir uma informação muito mais prática para o indivíduo conectado nessa sociedade. 
            Seguindo essa ideia de agilidade e dinamismo, o professor de Comunicação Digital, Lili Radfahrer, em seu artigo no Observatório da Imprensa, irá discutir o aplicativo para smartphones Snapchat e a sua presença na produção de notícias. Após atualizações, o app possui uma nova funcionalidade chamada Discover. Em parceria com alguns canais, a sessão gera conteúdos de seus respectivos canais sem que o usuário migre para outra plataforma. De acordo com Radfahrer, essa novidade é abrangente no sentido que o internauta procura sempre algo que seja de fácil acesso, e dessa forma, apenas com o deslize do dedo e um toque, é possível encontrar diversos tipos de informação.
            Radfahrer destaca que o aplicativo é ideal para as pessoas que, do mesmo modo que veem fotos e vídeos de amigos, podem se informar durante o pouco tempo livre que possuem. E a produção visual, por ser muito mais comunicativa e explicita, estabelece uma possibilidade de se informar dos assuntos mais atuais e, apesar de não ter um lugar onde essas informações ficam armazenadas, é um projeto inovador. Em sua campanha de lançamento, como mostra o vídeo abaixo, o anúncio diz que “existe algo novo todo dia”, o que se aplica ao conceito das novas tecnologias de informação.

Reprodução/Google
       
            Tessarolo, ainda, traz ao leitor um conceito que é muito presente nos dias atuais. Qualquer pessoa, que esteja conectada nesse mundo cibernético, é capaz de produzir uma notícia e publicá-la imediatamente, no mesmo instante em que ela acontece. A instantaneidade possibilita, assim, uma infinidade de informações publicadas ao mesmo tempo em uma rede social. No Facebook e no Twitter, essa realidade é cada vez mais evidente. Mesmo com os poucos 140 caracteres disponibilizados pelo Twitter, a rede possibilita a publicação de fotos e vídeos que denotam uma informalidade muito maior nos dias atuais e que evidencia o jornalismo online.



O vídeo abaixo irá discutir a utilização do Blog e do Twitter no Jornalismo Online:


            Para tentar correr atrás do prejuízo, alguns veículos surgem com uma nova forma de informar, o que Tessorolo destaca como “listas banais”:
            Alguns veículos têm utilizado novas abordagens na hora de publicar (nas redes sociais) uma informação. Dentre elas o autor destaca o artigo em forma de lista (10 curiosidades sobre fulano, 15 dicas para ter uma vida mais saudável, 10 filmes de terror com zumbis e assim por diante) e um vídeo chamativo curto, pois a notícia postada no Facebook irá competir com fotos da última festa, mensagens do chefe, informações sobre o seu time etc.


Reprodução/Google
            Esse novo tipo de notícia, de acordo com o jornalista, rouba o espaço das notícias relevantes para a sociedade. Ele cita, como exemplo, o site BuzzFeed, que utiliza artigos em forma de lista para explorar um fato em evidência no momento com o uso, inclusive, de memes (uma outra forma de comunicar que ganhou espaço com o surgimento das novas tecnologias de informação). Dessa forma, a interação e a leitura se tornam muito mais ampla, superior, por exemplo, do tradicional jornal impresso. 

            Teassarolo mostra, ainda, a visão do professor André Lemos e seu artigo Ciber-Cultura-Remix. De acordo com ele, a ideia de Lemos é que a cibercultura está caracterizada em três leis “fundadoras”, como menciona o jornalista. Segundo o professor, a radicalidade – e não novidade – passada através da internet e as redes sociais está no fato de qualquer pessoa poder transmitir e receber informações ao mesmo tempo, o que muitas vezes contribui para que determinada notícia se torne mais completa.

            A partir disso, ele abre espaço para a discussão de um artigo de Dal Marcondes, jornalista da CartaCapital, onde ele questiona o fato de que, uma informação veiculada através das redes sociais, muitas vezes rendem opiniões baseadas em uma notícia que, até então, não é confirmada. E isso está relacionado com a confiabilidade que o jornalismo online possui. Algo que a jornalista Lívia Vieira, também do Observatório da Imprensa, irá mostrar através de uma pesquisa. 

            De acordo com o levantamento divulgado, mais de 70% das pessoas que estão conectadas nesses universo contemporâneo, não confiam naquilo que é repassado pelas redes sociais. A partir disso, fica evidente a necessidade de o indivíduo pesquisar outras fontes de informação que irão comprovar aquilo que é noticiado nas redes sociais. O processo de apuração, passado na faculdade de jornalismo, ainda é preciso para que obtenha-se mais confiança naquilo que vem sendo transmitido na internet. Para Marcondes, o jornalista precisa utilizar essa conexão para estabelecer tal confiança já que algo que é filtrado por um profissional da área, tende a ser levado com mais seriedade.
            Segundo Marcondes, essa prática é necessária para que o jornalismo, utilizando suas palavras, não se transforme em um “entretenimento travestido”.
            “Uma frase que circula entre jornalistas explica um pouco desse dilema: ‘Existem dois tipos de jornalismo, aquele que investiga e publica as coisas que a sociedade precisa saber e aquele que publica o que a sociedade quer saber’. É muito mais fácil e cômodo trabalhar com o segundo tipo, que vai em busca da reação fácil, do riso ou das lágrimas pré-fabricadas. O difícil e muitas vezes caro, tanto em dinheiro como em impacto pessoal para o profissional de jornalismo, é desnudar os fatos que a sociedade precisa e tem o direito de saber.”

            Outro fator que Messarolo traz em seu texto, é a relação dos meios de comunicação tradicionais com a internet. Assim, ele cita o filólogo Umberto Eco, ao ressaltar que esses meios comunicacionais devem agir como filtros daquilo que é transmitido na internet para que continuem sendo espelhos “da democracia, da liberdade e da pluralidade”.

            Para Lívia, em meio a tantas informações que chegam até as pessoas, e que muitas vezes confundem, é necessário impor confiança ao jornalismo online, já que este está em grande ascensão atualmente. E é evidente a necessidade que o jornal, online ou não, precisa transmitir credibilidade ao seu cliente para que este continue consumindo suas informações.


O programa abaixo discute a credibilidade do jornalismo online. Confira!
Acesse:
Redes sociais e individualismo
Reflexões sobre o jornalismo na sociedade contemporânea
Reinventando a notícia

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Her: o filme que ultrapassa os limites da multimídia

            “Her” mostra a história de um homem em um mundo não muito futurista. A tecnologia, ainda não muito avançada, porém fora da realidade atual. No início, o filme mostra que o protagonista, Theodore, vivido por Joaquin Phoenix, tem a função de escrever cartas para outras pessoas. O fato é que, ele apenas dita as cartas e um sistema operacional as redige em seu computador. É possível perceber que, as letras das cartas são diferentes, o que espelha uma inteligência muito grande do software.
            Em um mundo irreal, ainda com percepções da atualidade, percebe-se uma solidão grande do personagem principal. Talvez por conta da própria tecnologia avançada ou por questões pessoais, Theodore se mostra uma pessoa fechada para o mundo real, tanto que, na história, ele é separado de sua mulher e tem dificuldades de se relacionar com outras pessoas. Para muitos, esse fato é reflexo das relações com as máquinas que no ambiente do filme já são mais fortes.
            Em uma das cenas do filme, o personagem está ouvindo as notícias dos jornais através de um aparelho que lê as informações para ele e, apenas por comando de voz, o protagonista passa as manchetes. Isso traduz a ideia da utilização de determinados sentidos humanos usados para realizar tarefas que antes não eram possíveis.
            Em outro momento, o personagem, privado de relações interpessoais, entra em um bate papo, que também é feito por comando de voz e um fone, e o computador passa pra ele as pessoas que estão online naquele momento e quando ele encontra um que o agrada, começa a conversar, como em uma ligação telefônica, porém através de um sistema muito mais avançado pela internet. Nessa cena, é fica evidente que Theodore tem uma facilidade maior para esse tipo de relação que o permite, até, ter relações sexuais através do som e do diálogo, sem contato físico.
            Ainda assim, com a promessa de uma tecnologia mais avançada, Theodore adquire um novo software que traz uma realidade muito mais avançada do que pode-se imaginar. No momento da instalação da aquisição, o computador chega a questioná-lo se ele prefere uma voz feminina ou masculina. E também, para obter o perfil do escritor, o sistema pergunta como era a relação com a sua mãe e através disso consegue desenvolver uma base de dados que aproxima o sistema e Theodore.
            Apenas uma voz, completamente humana, que começa a conversar com o personagem como se estivesse presente no mesmo ambiente. Samantha, com a voz de Scarlett Johansson, como ela se autodenomina, deixa evidenciado logo nos primeiros diálogos que ela é um computador e que seus pensamentos são reproduzidos através do contato com Theodore. Porém, é possível perceber muito grande na tecnologia antes evidenciada. A voz serena de Samantha em determinados momentos ou a elevação no tom quando, aparentemente, ela está mais agitada são expostos no longa.
Reprodução/Google
           Ao longo do filme, a relação entre o personagem principal e a máquina começa a aumentar e se torna uma amizade quase tão verdadeira quanto uma relação física. Ele está a todo momento com ela através do fone e ela o ajuda em seu trabalho. De início, não consegue-se perceber incômodo em Theodore por estar tendo tal relacionamento com Samantha. Porém, quando a máquina começa a evidenciar sua inquietação pela aproximação do protagonista com uma garota, fica evidente a evolução que o sistema operacional tem passando a ter um sentimento verdadeiro pelo até então amigo.
            A partir disso, o relacionamento se torna muito mais forte e os dois, em um momento insano do filme, têm relações sexuais através apenas voz. Esse momento é marcado por uma mudança no ritmo do filme. O computador, representado por Samantha, começa a ter um sentimento real por Theodore e isso é surreal, já que demonstra uma relação quase que verdadeira onde o personagem se sente feliz e por estar com o computador. Tanto que ele não nega o relacionamento e as pessoas não acham estranho tal relação. Ou seja, esse fato denota a normalidade que a tecnologia se encontra na vida das pessoas na época em que o filme é habituado.
Reprodução/Google
            Como em uma relação comum, os dois brigam, namoram e se divertem. Até determinado momento onde, para Theodore, tudo começa a desmoronar e, em uma monotonia como no começo do filme, a relação dos dois fica estremecida e, por mais absurdo que seja, o longa trata com naturalidade a questão e a mesma emoção que uma história de amor comum.
            Por fim, Samantha que não deixa de ser apenas uma máquina, sofre outra evolução. Numa espécie de revolução, Theodore descobre que a sua namorada também se “relaciona” com outras centenas de pessoas, evidenciando que é apenas um sistema operacional, e assim ela deve “partir”. A despedida acontece como em uma verdadeira história romântica e o filme mostra, a partir disso, que o presente não se diferencia muito e os relacionamentos, e todos os seus enigmas, acabam se tornando muito mais frequentes diante da tela de um aparelho tecnológico.

Confira o trailer do longa "Her":

terça-feira, 12 de maio de 2015

Informação para todos: a tendência do jornalismo explicativo

            Uma das grandes tarefas de um jornalista sempre foi informar o seu leitor/telespectador da maneira mais clara e objetiva possível. Esse desafio tem suas dificuldades quando fatores, externos e internos, interferem no processo de comunicar. Assim, um conceito é evidenciado: o jornalismo explicativo.
            O The Upshot é um exemplo dessa nova concepção. Criado pelo jornal americano The New York Times, o site tem a tarefa de informar os leitores do jornal de forma explicativa para que o receptor da mensagem conheça o embasamento da informação que chegou até ele. Com o montante de notícias que existe hoje em dia, acredita-se que o leitor ainda tem dúvidas sobre a verdade dos fatos que lhe são passados e é por isso que várias fontes de informação são necessárias para comprovar tais fatos.
            O jornalismo explicativo vem para talvez quebrar essa regra de veracidade no jornalismo atual. Com uma didática muito maior e fatores explicativos que compõem a notícia, a leitura se torna muito mais fácil e clara. Principalmente com o uso de gráficos e imagens, essa facilidade faz com que o receptor confie mais naquilo que está lendo. E, por mais que ainda sejam necessárias outras fontes, é preciso evidenciar que com essa concepção jornalística, a confiança naquilo que está sendo noticiado é maior.
            Principalmente no mundo digital, o The Upshot tem a alternativa de ser mais didático do que a maioria dos jornais. O espaço é muito maior e por essa razão, o leitor pode perceber uma grande quantidade de informações, entre gráficos, imagens ou vídeos. Além disso, os jornais impressos se dedicam a informar o leitor de forma ampla, colocando várias notícias e não explicando a fundo aquilo que determinada pessoa deseja. Atualmente, em revistas é possível perceber essa investigação maior sobre uma notícia mas, com a agilidade da internet, alguns sites se aprofundam ainda mais nesse conceito.
            Outros sites também ganham notoriedade nesse meio. É o caso do Datablog e do Vox.com, que também trazem a proposta de ajudar o leitor a entender a notícia. Por serem sites que expõe análises e opiniões, o jornalismo explicativo tem a capacidade de tornar o leitor mais esclarecido pois parte da ideia de que ele precisa de certas informações para que entenda a notícia. Não pode-se negar que, assim, o conceito admite certa ignorância do leitor e que os tradicionais jornais não conseguem fazer os receptores da mensagem mais inteligentes capazes de opinar sobre determinado fato de forma embasada e clara.
            De acordo com Ken Doctor, em sua publicação no Observatório da Imprensa, o The New York Times e outros que se propuseram a criar tal alternativa, demonstra a necessidade de manter os seu leitores mais inseridos na notícia o que, para Ken, espelha em sua satisfação com o jornal. O editor do The Upshot, David Leonhardt, declarou que a ideia do site é apresentar as informações de maneira clara e engajadora, o que frisa a importância do jornalismo explicativo.
            Essa outra concepção do jornalismo somente evidencia o atual momento que o mundo vive: da informalidade praticada na internet. Muitas vezes, em redes sociais ou blogs, as notícias são autoexplicativas e muitas vezes opinativas, criando debates que ajudam no entendimento de um fato. O The Upshot ressalta as características do The New York Times e tende a ser o mais bem sucedido dentro os modelos desse jornalismo.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Um viajante pelo futuro: a faculdade de jornalismo


A trajetória da minha vida até chegar à universidade é longa. Longa pois, além de serem 18 anos até a decisão, demorou pra eu me apaixonar pelo Jornalismo. Fui de informática à logística. Na escola eu sempre amei matemática e, relembrando isso, me vem até uma saudade daquela época. Não que faça falta, porque onde cheguei é muito melhor. Aliás, amava matemática e amava escrever e foi como a “A Escolha de Sofia” quando finalmente me decidi. No ensino médio, quando minhas professoras de português elogiavam meus textos foi que comecei a perceber que minha vocação estava ali, então, não demorou, e logo ingressei na faculdade de Jornalismo.
Precisava de algo próximo de casa, pois não podia ficar longe da minha família que sempre me apoiou e me motivou para que eu continuasse meus estudos. Consegui um lugar de boa avaliação e me decidi. Me matriculei. A ansiedade tomava conta, e era inegável a minha vontade de pular para o primeiro dia de aula. Já era fã de jornais e noticiários e o anseio pra começar a faculdade só me fez ler, ler e ler ainda mais, sobre absolutamente tudo.
Quando o grande dia finalmente chegou, eu estava atrasado, é claro. E, além de atrasado, não conhecia ninguém. Não que isso fosse problema pra mim, mas começar tudo de novo, com pessoas, até então, diferentes de mim, era um verdadeiro desafio. Claro que não demorou para eu me encaixar em um grupo. Mas durante alguns dias, fui me conhecendo e conhecendo esse universo que era incrivelmente inacreditável. Mas eu estava vivendo tudo isso, e amando.
Hoje, esse grupo é feito por cinco pessoas, incluindo eu. São o meu alicerce dentro da faculdade. Todos apaixonados pela mesma coisa. Reinaldo, Paula, Larissa e Ailton, colegas e amigos que encontrei dentro da minha paixão pra ir até o fim, até o dia da formatura junto deles. São quatro pessoas que, cada um à sua maneira, ajudam o grupo a andar, a evoluir e contribuem para a minha vida profissional. Aprendo com cada um deles. E faz apenas dois anos que os conheço, praticamente, e os defendo até o meu último argumento. É inevitável, eles completam a minha vida acadêmica.
Apesar de tudo isso, nem tudo são flores. Passei por dificuldade dentro da faculdade que guardei para mim e tentei resolvê-las à minha maneira. E consegui. Voltando ao ano passado, 2014, quando entrei na faculdade, por seis meses dividi o Jornalismo com uma profissão que, ao longo do tempo, passei a detestar. Não que seja uma área ruim, mas ela não se encaixava naquilo que eu realmente queria para o meu futuro. Mas continuei trabalhando nesse lugar, não desisti, pois pra começar a minha verdadeira carreira, eu tinha que finalizar essa etapa. Finalizei com orgulho e então, passei a me dedicar inteiramente ao curso. Alguns me chamam de “nerd”, mas se essa palavra for sinônimo de se esforçar e tentar fazer o melhor pela paixão que eu escolhi, podem me chamar assim.
Depois de concluída uma etapa, iniciei uma outra. Meu primeiro estágio em Jornalismo. Mais precisamente, assessoria de imprensa e, apesar de não ter essa matéria ainda, pude levar muita coisa do que aprendi com meus professores para esse estágio. Hoje, continuo nele, e com orgulho realizo as funções que a mim foram atribuídas e que não saem do contexto jornalístico em nenhum momento. Escrevo menos do que gostaria, mas, graças à faculdade, essa é uma prática que não perco. Meus professores sempre passam trabalhos e mais trabalhos (e esse não deixa de ser um) onde escrevo muito. E que jornalista não ama escrever?
No início da faculdade, esse amor pela escrita me ajudou bastante a não desistir de um sonho que eu começava a construir. E, relendo textos que escrevia naquela época e os que escrevo hoje, percebo uma diferença enorme. Dou o mérito dessa evolução à faculdade e aos excelentes profissionais que me deram suporte para enriquecer minhas palavras. E, inclusive, foi o motivo por criar um blog com esse título, onde eu falo da língua portuguesa, da escrita, da fala e, quando me veio a tarefa de cria-lo, a primeira ideia foi essa. Porque eu simplesmente amo!

Eu acredito que isso tudo seja muito pouco em relação à verdadeira sensação que é estar em uma faculdade, cursar jornalismo e viver a vida profissional que eu amo. Passei por diversos desafios dentro desse mundo e sei que irei passar por muitos outros. E é isso o que eu quero, ser desafiado ainda na faculdade pois se eu errar, eu posso melhorar, posso me aprimorar, mas quando eu me formar e começar a andar com as minhas próprias pernas, eu não vou poder errar, não vou pode ficar parado e batendo na mesma tecla até acertar. Eu vou ter que me garantir e assumir a responsabilidade de que, tudo o que aprendo nesse momento é só a base para um universo de dificuldades que irei enfrentar amanhã. E o bom disso tudo, é vivenciar isso, é aprender porque algo que eu sempre defendi é que temos que fazer aquilo que amamos, e quando isso acontece, o fazemos com dedicação. Quando eu me apaixonei pelo jornalismo, foi a melhor coisa que poderia acontecer na minha vida.


Veja também:



Essa música representa minha trajetória acadêmica até o momento

terça-feira, 21 de abril de 2015

O jornalismo político praticado em blogs

            

             Larissa Morais é jornalista do site Observatório da Imprensa e na publicação “Como fazer – e manter – um blog político”, mostra a perspectiva desse novo meio de comunicação, que surgiu com o advento da internet, na visão de Ricardo Noblat que mantém, até hoje, um blog sobre política - hoje hospedado no site O Globo. Na entrevista com o jornalista, Larissa mostra como Noblat acredita no sucesso de um blog e, como ele deve ser feito para que não perca a identidade.
            Com o surgimento da internet, a informação passou a ser difundida de forma muito maior e os jornais perderam o controle das notícias. Segundo Noblat, o fato de as pessoas quererem opinar sobre uma notícia, é o que fazia os jornais resistirem em abrir espaço para que o leitor participe da notícia, ou até mesmo faça uma. Porém, hoje, grandes jornais possuem blogs e sites onde permitem a relação entre o leitor e o jornal. Como mostra o jornalista, qualquer pessoa pode fazer jornalismo e o diferencial de cada um é a confiança que o leitor tem por aquele autor. Por isso, o blog, não é feito apenas por jornalistas, mas por qualquer um que se arrisque em distribuir informação, ainda mais sobre política.
            Como analisa o jornalista, no blog, as aulas de redação não são aplicadas como regra. De acordo com ele, o autor do blog precisa escrever da forma que quer para que se aproxime do leitor. Ou seja, essa fuga das regras de redação e gêneros deve começar a atingir os jornais impressos e tornar a escrita e a matéria jornalística mais pessoal. Ele ressalta que o que faz em seu blog é jornalismo, porém, seus leitores pedem que ele expresse sua visão sobre determinado fato e pratique mais o jornalismo opinativo. Mesmo assim, para ele, a diversificação de gêneros é o que diferencia os blogs dos meios de comunicação tradicionais.

            Em determinada parte da entrevista, Noblat diz que o conceito de notícia para o blog é o mesmo que se aprende numa faculdade. “Notícia é aquilo que o jornalista acha que é notícia”. Porém, como característica crucial, no blog o autor possui maior espaço e pode noticiar fatos em tempo real da forma que outros meios de comunicação não podem, captando detalhes e, segundo Noblat, expressando sua opinião sobre uma cobertura que o autor se propõe a cobrir.
            Larissa o questiona sobre as fontes que também são necessárias para os blogs. Noblat diz que não difere do jornalismo tradicional, mas ele destaca que, principalmente num blog político, é necessário maior cuidado nesse sentido pois os erros que são impressos nos blogs não podem ser atribuídos igualmente como em uma redação jornalística, pois o autor é unicamente responsável pelo que escreve em seu blog. Segundo o jornalista, isso fica claro com o contrato que, na época, assinou com o Estadão, para que qualquer ação judicial não prejudique o jornal.
            Noblat mostra que a pessoa que se propõe a criar um blog precisa entender o conceito de lidar com os leitores que diariamente irão ler o blog. Para ele, as críticas e as discussões são importantes para o processo democrático e essa relação entre o autor e o leitor é importante para a funcionalidade do blog. Isso demonstra a preparação do próprio autor de difundir determinada notícia que pode gerar revolta e, como mostra o jornalista, cada pessoa tem o direito de pensar o que quiser sobre um fato. Hoje, o ser humano possui várias fontes de informação o que implica diretamente em sua opinião pessoal. Cada um está propício a acreditar em uma ideologia diferente e isso, para o jornalista, é o aspecto novo que os blogs trazem: a possibilidade de se expressar e debater sobre política.
            Nesse sentido, uma das partes da entrevista que é possível destacar é quando o jornalista fala dos comentários que expressam essas opiniões. Ele analisa que é preciso fazer uma seleção de determinados argumentos para que não virem bagunça. Segundo Noblat, em seu blog é necessário que pessoas se cadastrem para comentar e ainda, há pessoas que checam cada comentário pois, aqueles que fogem das regras do blog, não serão publicados. Essa técnica serve para manter a ordem no blog para que outros leitores não encontrem ofensas que possam desestimular a permanência no blog. Ele diz que determinadas opiniões ele gosta de publicar pois isso fomenta discussões produtivas no blog. Para ele, o espaço que não permite essas discussões não pode ser considerado como blog já que é necessário “ter o espaço para as pessoas comentarem e você dialogar com elas”.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Uma nova forma de comunicar: o internetês


Desde seu surgimento a língua portuguesa no Brasil sofre mudanças e é fato que no cenário atual, esse desenvolvimento tomou proporções enormes. Por isso, hoje, a pauta é o “internetês”.

Para entender melhor, o termo “internetês” é um neologismo que faz referência à linguagem utilizada na internet. Principalmente nas redes sociais, com o surgimento das novas tecnologias, as pessoas se expressam mais e, dessa forma, escrevem mais. Opiniões, fatos pessoais e, atualmente, até mesmo notícias utilizam essa nova forma de comunicar.

Assim, de forma simplificada, a agilidade que a internet proporciona gerou uma necessidade de mudança em como escrever. Por isso, o internetês é, basicamente, abreviações de palavras ou ainda uma tentativa de escapar dos acentos que antes levavam mais tempo para serem digitados, sem nos esquecer, é claro, dos emoticons.

“Você” se tornando “vc”, assim como “blz” (beleza), ñ ou naum (não), tb (também), “eh” (é), entre outros, são apenas alguns exemplos de uma infinidade de termos que foram modificados pelos internautas, de todas as idades, e que hoje viralizam as redes sociais.

O Twitter é a rede social q mais exemplifica essa mudança. Qm “túita” só pode fazê-lo através de 140 caracteres, incluindo espaços e pontos.

PS: A frase acima foi escrita em exatos 140 caracteres.

Brincadeiras à parte, grande parte da comunicação na internet se faz também com os chamados emoticons, animações que demonstram em sua maioria sensações e expressões. Algumas emissoras de TV utilizam essa linguagem para atrair seus seguidores e são exemplo dessa nova onda:


#ValeLembrar que as “tags” também fazem parte do internetês e referenciam uma palavra-chave que o autor de uma postagem quer destacar.


Bom, por hoje, é isso. Na próximo post sobre o internetês, vamos falar das controvérsias dessa nova linguagem. Fique ligado!

Dúvidas, opiniões ou sugestão, comentem!

sábado, 4 de abril de 2015

O hífen deriva do latim hyphen que significa "juntamente" e passou a ser usado na língua portuguesa no século 16

Nos dias hoje, certos erros ortográficos são comuns, ainda mais com a nova ortografia. Muitos demoram para pegar o jeito da escrita e têm certas dificuldades. Hoje, falaremos e relembraremos as regras gerais do hífen.

De acordo com a nova ortografia, o hífen deve ser usado:
·         Quando a ÚLTIMA letra da primeira palavra for IGUAL à PRIMEIRA letra da segunda palavra (inclusive quando as letras R ou S se encontram: super-realista). Por exemplo: micro-ondas; anti-inflamatório; arqui-inimigo etc.
·         Porém, assim como toda regra, há exceções: Quando a segunda palavra começar com a letra H, em todos os casos, usará hífen. Por exemplo: pré-história; anti-higiénico; mini-hotel etc.
·         Se o prefixo terminar com consoante, também será usado hífen.
·         Para os prefixos: recém, ex, além, sem, pós, pré, pró e vice, usa-se hífen. Por exemplo: ex-aluno; pré-vestibular; recém-casado; vice-presidente etc.
·         Para o advérbio “bem” se usará hífen em todos casos. Por exemplo: bem-estar; bem-vindo; bem-humorado etc. Salvo algumas exceções: benfeito; benfeitor, por exemplo.
·         O advérbio “mal” apenas empregará hífen quando a segunda palavra iniciar com vogal ou H. Por exemplo: mal-humorado; mal-estar; mal-afortunado etc.

Você não usará hífen:
·         Quando a ÚLTIMA letra da primeira palavra for DIFERENTE da PRIMEIRA letra da segunda palavra. Por exemplo: superinteressante; autoescola; neoliberalismo etc. Salvo algumas exceções como: guarda-chuva; azul-escuro; arco-íris.
·         Quando a primeira palavra terminar com VOGAL e a segunda começar com S ou R, não se usará hífen e o R ou S são dobrados. Por exemplo: minissaia; antirracismo; contrarregra etc.
·         Os prefixos “co” “re” e “pre” (sem acento) não admitem hífen. Por exemplo: coedição; coordenador preexistente; reescrever etc.
·         O advérbio “mal” não emprega hífen quando a segunda palavra se iniciar com consoante. Por exemplo: malcriado; malvisto etc.

Essas são as regras gerais para o hífen. Em breve, teremos outras dicas, fique atento!


Dúvidas, opiniões ou sugestões, comente!